Nos últimos anos, temos assistido a uma transformação profunda no comportamento das pessoas em relação ao cuidado com a própria saúde. Clínicas, hospitais, laboratórios, startups e profissionais precisam acompanhar essa tendência, oferecendo soluções que incentivem e facilitem a autonomia do paciente sobre sua saúde.
Essa mudança de mentalidade, no entanto, também cria novas responsabilidades para empresas do setor de saúde. Afinal, com maior acesso a informações, tecnologias digitais e novas possibilidades de autocuidado, os pacientes estão cada vez mais interessados em assumir um papel ativo em sua jornada de saúde.
Por que o paciente quer mais autonomia sobre a própria saúde?
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Ipsos, em nome da Confederação do NHS (sistema público de saúde britânico) e apoiada pelo Google Health, a maioria das pessoas demonstra grande disposição para assumir um papel mais ativo na própria saúde.
Além disso, mais de 7 em cada 10 pessoas (72%) afirmaram que usariam tecnologia, incluindo dispositivos vestíveis e de monitoramento, para gerenciar melhor sua saúde. E ainda estariam dispostas a compartilhar os dados coletados com médicos e outros profissionais.
Esse dado mostra que os pacientes não apenas reconhecem sua responsabilidade pelo próprio cuidado, como também buscam ferramentas concretas para exercer esse controle.
Outro dado importante é que quase 4 em cada 5 pessoas (78%) disseram que usariam equipamentos de monitoramento de saúde se fossem recomendados por um profissional do NHS. A abertura é ainda maior entre os mais velhos: quase 9 em cada 10 (89%) com mais de 75 anos estariam dispostas a utilizar essas tecnologias.
Os números reforçam que existe não só vontade, mas também confiança e interesse por parte dos pacientes em adotar soluções digitais que ampliem sua autonomia no cuidado com a saúde.
Acesse também: Como a desinformação afeta decisões de saúde e o que fazer a respeito
Como a tecnologia promove a autonomia e reduz custos?
A tecnologia é uma grande aliada para dar aos pacientes mais controle e reduzir a sobrecarga das instituições.
Por exemplo, aplicativos, dispositivos vestíveis, telemedicina e inteligência artificial (IA) permitem que as pessoas monitorem sua saúde, tomem decisões mais bem informadas e evitem deslocamentos ou internações desnecessárias.
Entre os benefícios para os pacientes e para as instituições, destacam-se:
- melhoria dos resultados clínicos, com maior adesão aos tratamentos, bem como prevenção de complicações;
- satisfação dos pacientes, uma vez que se sentem valorizados e respeitados;
- otimização dos recursos, com menos filas e menos atendimentos emergenciais para casos leves;
- fortalecimento da relação médico-paciente, com mais diálogo e decisões compartilhadas.
De acordo com a ILAR (Associação Latino-Americana de Autocuidado Responsável), se metade dos casos de doenças leves fossem tratados em casa, a economia para a saúde pública ultrapassaria US$ 1 bilhão.
Confira também: Como fortalecer sua reputação digital no setor de saúde com estratégia e consistência
Tendências para apoiar a autonomia do paciente sobre sua saúde
Empresas que desejam liderar nesse movimento devem ficar atentas às seguintes tendências e soluções que já estão transformando a prática médica e a experiência do paciente.
1. Educação em saúde personalizada
Educar o paciente de forma clara, personalizada e culturalmente adequada é a base do empoderamento. Materiais didáticos, webinars, vídeos e aplicativos educativos, por exemplo, ajudam a esclarecer dúvidas e a orientar escolhas conscientes.
2. Decisão compartilhada
Conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM) explica, a autonomia do paciente deve ser respeitada sempre que suas escolhas forem adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas.
Dessa forma, profissionais e empresas podem criar processos para discutir opções terapêuticas, riscos e benefícios de forma acessível, envolvendo o paciente no plano de cuidado.
3. Telemedicina e monitoramento remoto
A telemedicina elimina barreiras geográficas, reduz deslocamentos e permite o acompanhamento de doenças crônicas com mais eficiência. Além disso, o monitoramento remoto com wearables ajuda a identificar alterações precocemente.
4. Plataformas digitais e inteligência artificial
Sistemas com IA ajudam os pacientes a acompanhar seu histórico médico, receber lembretes, orientações personalizadas e até realizar triagens iniciais de sintomas.
5. Prontuário eletrônico e processos digitalizados
Para as instituições, digitalizar processos e centralizar informações evita retrabalho, economiza tempo e torna a experiência mais fluida para os pacientes.
Acesse: Principais fontes de informações sobre saúde na era digital
O papel das empresas do setor de saúde
Oferecer soluções que promovam a autonomia do paciente sobre sua saúde não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade para acompanhar as expectativas atuais da sociedade.
Hospitais, clínicas, laboratórios e startups podem investir em:
- programas de educação continuada para pacientes e familiares;
- ferramentas digitais acessíveis, com boa usabilidade e suporte;
- treinamento das equipes para uma comunicação clara e empática;
- desenvolvimento de produtos e serviços baseados em dados e feedbacks dos usuários.
Além de melhorar a experiência dos pacientes, essas estratégias tornam o sistema de saúde mais sustentável, eficiente e humano.
Em resumo, o futuro da saúde é cada vez mais centrado no paciente.
Portanto, para atender a uma população que deseja (e merece) mais voz, controle e participação em sua jornada, as empresas precisam inovar e investir em soluções que promovam a autonomia com ética, segurança e eficiência.
Nesse cenário, contar com uma agência especializada em comunicação e marketing em saúde faz toda a diferença.
A equipe Wellmaker é experiente e dedicada, pronta para ajudar sua instituição a criar estratégias que valorizam a autonomia do paciente, fortalecem sua marca e impulsionam resultados. Fale conosco!
Antes de ir, entenda: As vantagens de contratar uma agência de marketing especializada em saúde